quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Museu Paulista


                                                                       Vista panorâmica do Museu do Ipiranga.


O Museu Paulista da Universidade de São Paulo, conhecido também como o Museu do Ipiranga, é um museu localizado em São Paulo, Brasil, sendo parte do conjunto arquitetônico do Parque da Independência. É o mais importante museu da Universidade de São Paulo e um dos mais visitados da capital paulista.

 É responsável por um grande acervo de objetos, mobiliário e obras de arte com relevância histórica, especialmente aquelas que possuem alguma relação com a Independência do Brasil e o período histórico correspondente. Uma das obras mais conhecidas de seu acervo é o quadro de 1888 do artista Pedro Américo, "Independência ou Morte". 

              Infelizmente, o museu foi fechado em 2013 para o publico, onde será feito obras, reparos e restauro. A previsão de reabertura é apenas em 2022, segundo o governo de São Paulo.


História

      O prédio do Museu do Ipiranga foi construído ás margens do riacho do Ipiranga onde Dom Pedro I declarou a independência do país em 1822. A Majestosa construção, em estilo neoclássico renascentista, está situada ao fundo do Parque da Independência conferida ao local um ar de palácio europeu. 

O mais antigo museu de São Paulo, inaugurado em 1895, o museu expõe peças que contam a historia da sociedade brasileira entre os séculos XIX e XX.

           O Monumento à Independência foi criado em 1922 como partes das comemorações do centenário da emancipação política brasileira. Em 1917, o Governo do Estado organizou um concurso, aberto à participação de artistas brasileiros e estrangeiros que apresentaram projetos e maquetes. O conjunto de maquetes foi exposto no Palácio das Indústrias. O meio cultural fez críticas à realização do concurso, à participação de artistas estrangeiros e à composição da comissão julgadora. O monumento, embora não concluído, foi inaugurado em 7 de setembro de 1922, ficando completamente pronto somente quatro anos depois.

          Ao longo do tempo, o monumento sofreu vários acréscimos. Em 1953, começou a ser construída, em seu interior, a cripta, onde seriam depositados os despojos da Imperatriz Leopoldina, em 1954. Em 1972, consolidou-se a sua sacralização com a vinda dos despojos de D. Pedro I e, posteriormente, em 1984, dos restos mortais de D. Amélia, segunda Imperatriz do Brasil.

Em 2000 foi criado um novo espaço em seu interior, concebido pelo Departamento do Patrimônio Histórico (DPH), possibilitando o acesso público às entranhas desta escultura comemorativa. O trabalho concentrou-se nas alterações arquitetônicas no interior do monumento: novos acessos da Capela Imperial, construção da escada monumental, sanitários, áreas de apoio e serviços. Externamente foram restaurados os grupos escultóricos do monumento. O painel em alto-relevo, “Independência ou Morte”, recebeu intervenção interna e externa.




Edifício
O engenheiro italiano Tommaso Gaudenzio Bezzi foi contratado em 1884 para realizar o projeto de um monumento-edifício no local onde aconteceu o evento histórico da Independência do Brasil, embora já existisse esta idéia desde aquele episódio.
O edifício tem 123 metros de comprimento e 16 metros de profundidade com uma profusão de elementos decorativos e ornamentais. O estilo arquitetônico, eclético, foi baseado no de um palácio renascentista, muito rico em ornamentos e decorações. A técnica empregada foi basicamente a da alvenaria de tijolos cerâmicos, uma novidade para a época (a cidade ainda estava acostumada a construir com taipa de pilão).
As obras encerraram-se em 15 de novembro de 1890, no primeiro aniversário da República.
Cinco anos mais tarde, foi criado o Museu de Ciências Naturais, que se transformou no Museu Paulista. Em 1909, o paisagista belga Arsênio Puttemans executou os jardins ao redor do edifício.
    Acervos
O Museu Paulista tem em seu acervo de mais de 125.000 artigos, entre objetos (esculturas, quadros, jóias, moedas, medalhas, móveis, documentos e utensílios de bandeirantes e índios), iconografia e documentação arquivística, do século XVI até meados do século XX, que servem para a compreensão da sociedade brasileira, com especial concentração na história de São Paulo. Os acervos têm sido mobilizados para as três linhas de pesquisa as quais o museu se dedica:
- Cotidiano e Sociedade;
- Universo do Trabalho;
- História do Imaginário.
O acervo do Museu Paulista tem sua origem em uma coleção particular reunida pelo Coronel Joaquim Sertório, que em 1890, foi adquirida pelo Conselheiro Francisco de Paula Mayrink, que a doou, juntamente com objetos da coleção Pessanha, ao Governo do Estado. Em 1891, o Presidente do Estado, Américo Brasiliense de Almeida, deu a Alberto Löefgren a incumbência de organizar esse acervo, designando-o diretor do recém-criado Museu do Estado. As coleções, ao longo dos mais de cem anos do museu, sofreram uma série de modificações com o desmembramento de parte de seus acervos e incorporações.
O acervo do museu se encontra tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN.

     A Escadaria
A escadaria propriamente dita representa o Rio Tietê, que foi o ponto de partida dos Bandeirantes rumo ao interior do país. E no corrimão estão colocados esferas com águas dos rios desbravados pelos paulistas entre os séculos XVI e XVIII, como por exemplo, o Rio ParanáRio ParanapanemaRio Uruguai e o Rio Amazonas. Nas paredes do ambiente estão estátuas dos heróis bandeirantes, como Borba Gato e Anhanguera com as regiões por onde eles passaram mais notoriamente, que se localizam nos atuais estados desde o Rio Grande do Sul até o Amazonas. Sendo precedido pelas duas estátuas maiores no salão principal dos dois principais bandeirantesAntônio Raposo Tavares e Fernão Dias. E ao centro representado D. Pedro I, como herói da Independência.
Junto às estátuas existem pinturas representando a participação paulista em diversos momentos da história brasileira, como o ciclo da caça ao índio, o ciclo do ouro e a conquista do amazonas. Acima existem nomes de cidades e seus respectivos fundadores paulistas pelo Brasil, como Brás Cubas e Santos. E no teto pinturas de paulistas importantes na história do país, como o patriarca da independência José Bonifácio.
    
Curiosidades
                                            * Foi inaugurado no primeiro aniversário da República, em 15 de novembro de 1890. É considerado um edifício-monumento. 

                                 * O acervo de fotos registra momentos cotidianos como casamentos, batizados, formaturas e festas. Somente a coleção de Militão Augusto de Azevedo reúne 12 mil retratos tirados entre 1862 e 1885. 
                                  * No dia 6 de agosto de 2007, 889 peças do acervo de moedas e notas raras foram roubadas do museu. Elas não estavam expostas ao público. O roubo foi percebido por um faxineiro, que encontrou algumas cédulas esquecidas no banheiro. As peças foram avaliadas em 100 mil reais. 

                                 * No dia 11 de setembro de 2007, dois colecionadores devolveram 40 cédulas roubadas. Um deles entregou 16 e afirmou tê-las comprado na feira de antiguidades da Praça Benedito Calixto, em São Paulo, por 300 mil reais. O outro colecionador disse que comprou as peças em uma loja da Sociedade Numismática Brasileira, que tinha anunciado em seu site o roubo das notas.

                                 *Em frente, ficam os jardins, uma réplica em tamanho reduzido dos jardins do Palácio de Versailles, obra do paisagista Arsênio Puttemans.

                          * Encontra-se também a Casa do Grito.

                          * A iluminação especial noturna, que revela detalhes arquitetônicos do prédio, só ocorre em datas especiais, como 7 de setembro



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